O verdadeiro renascimento..

Bom!!! depois de 7 meses do diagnóstico, talvez eu já consiga fazer algumas considerações importantes, claro que com a ajuda das minhas amigas quase terapeutas, e da minha terapeuta mesmo.

Pois bem, como pode se perceber no post anterior, até a semana passada eu só conseguia ter uma visão, a de que lutei pela minha vida, venci a depressão mas o final foi péssimo, e pior do isso, só conseguia enxergar isso como o final, mesmo tendo colocado o nome de Fenix neste blog.

Não conseguia entender o porque de não haver um final feliz, o porque de tudo de ter acabado assim, eu viva, mas com uma doença limitante.

Mas, como nada é por acaso, minha terapeuta finalmente leu meu blog, eu tive um sonho bem revelador, para não dizer macabro, assisti alguns filmes igualmente reveladores para não dizer macabros, e como num clic percebi que não existe final. Não existe final feliz ou triste, existe só viver e viver é infinito é constante não acaba nunca nem com a morte.

Então quando percebi que não existe final, talvez ai tenha começado o verdadeiro renascimento, e talvez ocorra verdadeiros renascimentos todos os dias, em aspectos diferenças, é claro, mas muitos renascimentos ainda vão ocorrer.

Depois dessa maravilhosa descoberta, parece que a cadeira de rodas, cabisbaixa, deixou a porta da minha casa. Mas para falar a verdade já não me preocupo se ela esta lá ou não, afinal devo viver um dia de cada vez, e seguir assim.

Por um milagre e por hoje, só por hoje, venci essa doença, quando vou sair já não me preocupo se vou dar conta ou não, se vou conseguir ou não, simplesmente vou, se por acaso ela atacar, sei lá, dou um jeito, já dei vários jeitos em varias coisas da vida, por que não daria agora, para falar a verdade acho que perdi o medo dela, e isso me fez mais forte.

Agora quase não tomo mais o Mestinom, tenho uma vida normal, e em breve vou voltar a dançar, fazer Ballet, a paixão da minha vida.

Em outro aspectos, vejo meu trabalho, afinal tomo conta e resolvo tudo de uma industria de 31 funcionários, tomo decisões o dia todo, decisões essas que afetam diretamente 31 familias, que levam comida par a mesa de muita gente.

Chegou a hora na minha vida de saber que tenho que ouvir o meu mestre interior, ser forte para aguentar a pressão e seguir em frente fazendo o melhor que eu posso, errando e acertando o tanto que necessito para evoluir, e no final poder olhar para traz e dizer, valeu a pena, valeu cada lágrima, cada gargalhada e cada minuto dessa minha vida, que venha a próxima.